31/01/2009

S. VALENTIM...


É já no próximo dia 14 de Fevereiro, sendo popularmente conhecido por "Dia dos Namorados". Por isso, a partir de hoje, o "BRISA" fica aberto à participação de todos os elementos da nossa escola e aos nossos visitantes, que nos queiram enviar os seus POEMAS, PROSAS ou DEFINIÇÕES DE AMOR.

Para dar o mote, aqui fica uma pequena amostra de uma das poetisas que melhor o soube "cantar".

Os versos que te fiz

Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem p’ra te dizer!
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim p’ra te oferecer.

Têm dolência de veludos caros,
São como sedas pálidas a arder...
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos p’ra te endoidecer!

Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda...
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz!

Amo-te tanto! E nunca te beijei...
E nesse beijo, Amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz!

Florbela Espanca

PATRONOS

6ºD - ILSE LOSA

Escritora portuguesa de origem alemã, nascida em Hanôver, de ascendência judia, veio para Portugal em 1934, fugindo à perseguição nazi. É conhecida principalmente pelos seus livros para crianças e pelo seu livro sobre as memórias das perseguições aos judeus com o título "O Mundo em que vivi” (1943). Recebeu, em 1991 o Grande Prémio de Livros para Crianças atribuído pela Fundação Calouste Gulbenkian. Escreve regularmente desde 1949, sendo o seu livro "Um Fidalgo de Pernas Curtas" muito conhecido. Divulgou autores portugueses na Alemanha. Trabalhou também para a televisão criando séries infantis. Faleceu a 6 de Janeiro de 2006.

"O primeiro dia da escola. A saca às costas, caminhei ao lado da minha mãe, cheia de curiosidade e de receios. O sr. Brand, o professor, distribuía sorrisos animadores aos meninos, que o fitavam com desconfiança. A barba grisalha e o colarinho engomado davam-lhe um ar de austeridade, mas os olhos alegres protestavam contra tal impressão. Começou por nos falar, e doseava serenidade com humor para afugentar os nossos medos. De todas as escolas por que passei, a de que verdadeiramente gostei foi a escola primária. Quando o sr. Brand tomou nota do meu nome ninguém se virou para mim com sorrizinhos por soar a judaico, ninguém achou estranho eu responder «Israelita» à pergunta do sr. Brand à minha religião. Fora a mãe que me recomendara: «Quando o sr. Brand te perguntar pela religião, diz-lhe que és israelita. Soa melhor do que judia». Eu não concordava, porque achava «israelita» uma palavra estranha que não parecia pertencer à minha língua e, por isso, corei de embaraço ao pronunciá-la."


30/01/2009

PATRONOS


6º C - MARIA ALBERTA MENÉRES


Maria Alberta Meneres, de seu nome completo Maria Alberta Rovisco Garcia Meneres de Melo e Castro nasceu em Vila Nova de Gaia, em 1930.

Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas, pela Universidade Clássica de Lisboa. Foi professora do ensino secundário e colaborou em diversas publicações nomeadamente Távola Redonda, Diário de Notícias, Cadernos do Meio-Dia e Diário Popular, tendo neste último sido responsável, durante dois anos, pela secção Iniciação Literária.

A sua primeira obra data de 1952 e intitula-se Intervalo, tendo sido premiada, em 1960, com o seu livro Água-Memória, no Concurso Internacional de Poesia Giacomo Leopardi.

Maria Alberta Meneres tem dedicado grande parte da sua obra à literatura infantil e juvenil e produziu nesta área programas de televisão, sendo em 1975 sido nomeada chefe do departamento de programas infantis e juvenis da RTP.

Ao longo da sua carreira tem recebido inúmeros prémios nomeadamente o Prémio de Literatura Infantil da Fundação Calouste Gulbenkian, em 1981. Em colaboração com Ernesto de Melo e Castro, organizou, em 1979, uma Antologia da Novíssima Poesia Portuguesa.


TIMIDEZ

O bicho-de-conta
Faz de conta, faz
Que é cabeça tonta

Mas lá bem no fundo
Não é mau rapaz.

Se a gente lhe toca,
Logo se disfarça:
Veste-se de bola.

Por mais que se faça
Não se desenrola.

Lá dentro escondendo
Patinhas e rosto
É todo um segredo:

Se eu fosse menino
Comigo brincava
Sem medo sem medo.

29/01/2009

PATRONOS


6º B - ALICE VIEIRA



Alice Vieira nasceu em 1943 em Lisboa. É licenciada em Germânicas pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Em 1958 iniciou a sua colaboração no Suplemento Juvenil do Diário de Lisboa e a partir de 1969 dedicou-se ao jornalismo profissional. Desde 1979 tem vindo a publicar regularmente livros tendo, actualmente editados na Caminho, cerca de três dezenas de títulos. Recebeu em 1979, o Prémio de Literatura Infantil Ano Internacional da Criança com "Rosa, Minha Irmã Rosa" e, em 1983, com "Este Rei que Eu Escolhi", o Prémio Calouste Gulbenkian de Literatura Infantil e em 1994 o Grande Prémio Gulbenkian, pelo conjunto da sua obra.

Os alunos da turma elaboraram cartazes sobre a biografia e bibliografia da escritora depois de pesquisa que realizaram previamente. Foram lidas nas aulas duas obras da autora: “Rosa minha irmã Rosa” e “Chocolate à chuva”. Após o reconto colectivo de cada uma das obras lidas, os alunos elaboraram críticas ou resumos individualmente ou em pequeno grupo.

"Dois corpos tombando na água"

Havemos de ser outros amanhã
ou daqui a momentos ou já agora
e dificilmente reconheceremos o espaço da alegria
em que noutras horas chegámos a nascer

e então meu amor
(não sei se reparaste mas é a primeira vez
que escrevo meu amor)
teremos nos olhos a cor sem cor
das roupas muito usadas
e guardaremos os despojos das noites
em que tudo sem querer nos magoava
nas gavetas daqueles velhos armários
com cheiro a cânfora e a tempo inútil
onde há muitos anos escondemos
um postal da Torre de Belém em tons de azul
e um bilhete para a matiné das seis no São Jorge
onde um homem (que muitos anos depois
segundo me contaram se suicidou)
tocava orgão nos intervalos em que
nos beijávamos às escondidas

e dessas gavetas rebenta a poeira do tempo
que matámos a frio dentro de nós
com os filhos que perdemos em camas de ninguém
e as pedras que nasceram no lugar das cinzas
e havemos de perguntar (mesmo sabendo que
já não há ninguém para nos responder)
por que foi que nos largaram no mundo
vestidos de tão frágeis certezas
por que nos abandonaram assim
no rebentar de todas as tempestades
sabendo que o futuro que nos prometiam batia
ao ritmo das horas que já tinham sido
destinadas a outros e nunca
voltariam a tempo de nos salvar

mas enquanto vai escorrendo de nós o pó
desses lugares onde ainda há vozes
que não desistiram de perguntar por nós
vamos bebendo a água inicial das nossas línguas
um ao outro devolvendo o pouco
que conseguimos salvar de todos os dilúvios


PATRONOS

6º A - MANUEL ALEGRE

Foi opositor ao regime salazarista e esteve exilado em Argel antes do 25 de Abril, de onde emitia os famosos programas “A Voz da Liberdade”.

É membro do Partido Socialista, pelo qual é deputado à Assembleia da República. Estudou Direito na Universidade de Coimbra, demonstrando desde muito cedo os seus ideais políticos. Nessa altura foi preso pela polícia política (PIDE) por se revoltar contra a guerra colonial.

Paralelamente à carreira política produziu vasta obra literária, sobretudo poética. Com o poema “Uma Flor de Verde Pinho” venceu um Festival da Canção da RTP.

Em 2006 foi candidato à Presidência da República.

Os alunos desta turma fizeram um powerpoint com a biografia e a bibliografia do autor, bem como um marcador de livros. Esta actividade foi realizada nas aulas de Língua Portuguesa e de Estudo Acompanhado. O trabalho foi, também, enviado ao respectivo escritor.

UMA FLOR DE VERDE PINHO

Eu podia chamar-te pátria minha
dar-te o mais lindo nome português
podia dar-te um nome de rainha
que este amor é de Pedro por Inês.

Mas não há forma não há verso não há leito
para este fogo amor para este rio.
Como dizer um coração fora do peito?
Meu amor transbordou. E eu sem navio.

Gostar de ti é um poema que não digo
que não há taça amor para este vinho
não há guitarra nem cantar de amigo
não há flor não há flor de verde pinho.

Não há barco nem trigo não há trevo
não há palavras para dizer esta canção.
Gostar de ti é um poema que não escrevo.
Que há um rio sem leito. E eu sem coração.


25/01/2009

PATRONOS


5º PCA - ANTÓNIO MOTA



António Mota, nasceu em Vilarelho, Ovil, concelho de Baião, em 1957. É professor do Ensino Básico. Publica o seu primeiro livro, A Aldeia das Flores, em 1979.

Desde 1980, tem sido solicitado a visitar escolas do Ensino Básico e Secundário, assim como bibliotecas públicas, em diferentes pontos do país e do estrangeiro, fomentando deste modo o gosto pela leitura entre crianças e jovens. Nos seus livros são muito importantes as memórias da infância vividas na região duriense.


Onde tudo aconteceu


Foi no passeio escolar

que tudo aconteceu

o Martinho ficou rouco

e a Joana adormeceu.


Era um gordo motorista

que guiava a camioneta

E a gente só gritava:

- Mais depressa, mais depressa!


A professora falava

de microfone na mão:

- Vejam tudo muito bem

estejam com muita atenção.


Fomos ao cimo da serra

vimos gaivotas no mar

uma fábrica, um castelo

um artesão a trabalhar.


Depois de tanta alegria

de tanto ver e perguntar

a Joana adormeceu

e começou a ressonar!...


O Martinho resolveu

cantar rock, feito louco

depois ficou caladinho

completamente rouco.


22/01/2009

JAIME ISIDORO - O AGUARELISTA DO PORTO



A nossa escola não esqueceu o desaparecimento, esta semana, deste grande pintor portuense e presta-lhe esta pequena homenagem.


Nascido a 21 de Março de 1924, Jaime Isidoro estudou na Escola Soares dos Reis, no Porto, e realizou nesta cidade a sua primeira exposição individual, em 1945.

O Porto foi sempre o tema principal dos seus quadros, mas destacou-se, também, como galerista, tendo fundado na década de 50 a Galeria Alvarez. Em 1978 fundou a conhecida Bienal de Arte de Vila Nova de Cerveira.

A seguir, reproduzimos algumas das suas aguarelas acompanhadas de fotos dos locais (em épocas distintas) que lhe serviram de inspiração.























PATRONOS


5º D - ANTÓNIO TORRADO

Os alunos da turma começaram por pesquisar informações sobre António Torrado, tendo elaborado cartazes ilustrativos para a exposição da biografia e bibliografia do escritor. Durante as aulas leram e analisaram o conto "O macaco do rabo cortado", tendo elaborado a respectiva Ficha de Leitura e o reconto colectivo do conto.

Aqui ficam, apenas, algumas linhas do início do conto para aguçar o apetite. Sim, porque para ler uma história não há como sentir nas mãos a textura da capa de um livro ou o mesmo o cheiro do seu papel.

"O macaco do rabo cortado"

"Era uma vez um macaco mariola, que andava de bata e sacola, como se fosse para a escola. Mas não ia. Era tudo a fingir.

Os rapazes, quando o viam passar, troçavam dele e gritavam:

- Macaco escondido com o rabo de fora... Macaco escondido com o rabo de fora...

Pois era. Realmente o rabo sobrava de bata e, muito comprido e retorcido, corria atrás do macaco para onde quer que ele fosse.

Então o macaco entrou numa barbearia e pediu ao barbeiro que lhe cortasse o rabo. O barbeiro afiou a navalha e zut! – rabo para um lado, macaco para o outro.

A operação deve ter doído, mas o macaco, que tinha tanto de vaidoso como de corajoso, não se importou. E de sacola e bata, muito empertigado, veio para a rua mostrar-se nos seus novos preparados. (...)

20/01/2009

SERRA DA ESTRELA

Mil e novecentos anos após VIRIATO, que por aqui andou nos anos 100 D.C. (na altura Montes Hermínios), também nós estivemos na Serra da Estrela. Não o vimos a conduzir (tal como nós) o seu rebanho nem combatendo (tal como nós) os Romanos de Sérvio Galba, à frente dos Lusitanos.
Roma tentou conciliar-se (tal como hoje) com ele, quase o reconhecendo como soberano. Porém, à traição, pactuou com três dos seus companheiros (tal como hoje) para que o assassinassem. Ficamos, ainda, a saber que era um homem simples, austero no comer e no beber e acostumado aos rigores do campo e da batalha.

Nesta viagem participaram 59 alunos inscritos nas "MULTIACTIVIDADES DE AR LIVRE" do Desporto Escolar, no Corta-Mato e no Torneio Inter-Turmas de Voleibol.

Aqui ficam algumas fotos de um dia bem passado, com alegria e muita brancura, em dias cinzentos...


18/01/2009

80 ANOS


Feitos hoje. Como vemos, continua muito bem conservado para a idade. Talvez por ter comido sempre espinafres de conserva...

O nome "POPEYE" (pop eye) significa "olho estourado" ou "olho arrancado". De facto, nos primeiros tempos aparecia com um olho furado mas, posteriormente, passou a apresentar-se com um dos olhos fechados ou mesmo coberto com uma pala.

É um dos "bonecos" do nosso imaginário infantil. Foi criado por E.C. Segar em 1929 e adaptado a desenhos animados quatro anos depois. Marinheiro destemido, protege incansavelmente a sua apaixonada OLÍVIA PALITO das garras do seu inimigo BRUTUS ... com a ajuda dos espinafres, claro.


15/01/2009

PATRONOS

5º C - SOPHIA DE MELLO BREYNER


Que nenhuma estrela queime o teu perfil
Que nenhum deus se lembre do teu nome
Que nem o vento passe onde tu passas.

Para ti criarei um dia puro
Livre como o vento e repetido
Como o florir das ondas ordenadas.


14/01/2009

PATRONOS

5º B - ÁLVARO MAGALHÃES


No âmbito do projecto “ Ler Abre a Porta ao Sucesso”, a turma escolheu o escritor Álvaro Magalhães para seu patrono e começou por elaborar a sua biografia. Seguidamente analisaram o conto “ Romance de Lucas e Pandora”e fizeram o reconto colectivo do mesmo. Explorou-se a faceta poética do autor, com poemas como O Caçador de Borboletas. Álvaro Magalhães, adepto do FCP, escreve crónicas semanais relacionadas com futebol, no JN. Os alunos leram algumas e exploraram mais profundamente uma delas. Alguns alunos leram obras do autor e fizeram a respectiva Ficha de Leitura, tendo mais tarde apresentado a obra aos colegas, tentando motivá-los para lerem o mesmo livro.


O Caçador de Borboletas

Sorridente, ao nascer do dia,
ele sai de casa com a sua rede.
Vai caçar borboletas, mas fica preso
à frescura do rio que lhe mata a sede
ou ao encanto das flores do prado.
Vê tanta beleza à sua volta
que esquece a rede em qualquer lado
e antes de caçar já foi caçado.
À noite, regressa a casa cansado
e estranhamente feliz
porque a sua caixa está vazia,
mas diz sempre, suspirando:
Que grande caçada e que belo dia!
Antes de entrar, limpa as botas
num tapete de compridos pêlos
e sacode, distraído,
as muitas borboletas de mil cores
que lhe pousaram nos ombros, nos cabelos

12/01/2009

PATRONOS



Cada uma das turmas da nossa escola adoptou o seu patrono no campo literário. A partir de hoje, iremos dando conta desses personagens e publicando pequenos excertos das suas obras.

5º A - MIGUEL TORGA


Sei um ninho.
E o ninho tem um ovo.
E o ovo, redondinho,
Tem lá dentro um passarinho
Novo.

Mas escusam de me atentar:
Nem o tiro, nem o ensino.
Quero ser um bom menino
E guardar
Este segredo comigo.
E ter depois um amigo
Que faça o pino
A voar...

Os alunos tomaram conhecimento e analisaram alguns poemas deste autor, após o que fizeram uma selecção de acordo com a sua sensibilidade. Este foi um dos que seleccionaram e declamaram perante a turma.

07/01/2009

SITIUS, ALTIUS, FORTIUS ...


"Bom mesmo é ir à luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia, pois o triunfo pertence a quem se atreve ... A vida é muita para ser insignificante."
Charlie Chaplin

Os alunos que participaram, hoje, no MEGA SPRINT (provas de velocidade) e no MEGA SALTO (provas de salto em comprimento), ainda não terão plena consciência destes princípios ... mas para lá caminham.

Foi com muito entusiasmo que competiram com colegas de outras turmas nesta tarde desportiva incluída na Actividade Interna do DESPORTO ESCOLAR, após terem praticado durante todo o primeiro período estas especialidades do Atletismo.

Quem ganhou? Todos, eles e nós, os professores, porque todos queremos chegar MAIS LONGE, MAIS ALTO e ser MAIS FORTES.

Ah!!! Coubertin enviou mail a justificar ausência, dizendo que está morto ... por vir à nossa escola.

06/01/2009

O DIA DE REIS


Adoração dos Reis Magos (Leonardo da Vinci)

Sabe-se que um era negro (africano), o outro branco (europeu) e o terceiro moreno (assírio ou persa) e representavam a humanidade conhecida de então.

Quanto aos presentes oferecidos, o ouro representaria a realeza e a sua riqueza. O incenso a fé (o incenso é usado nos templos para simbolizar a fumaça que sobe ao céu). A mirra, usada em embalsamentos desde o antigo Egipto, a imortalidade. Para a história ficaram os seus nomes: Gaspar, Baltazar e Melchior.

Demoraram alguns meses a chegar, pelo que Jesus já não seria um recém-nascido.

Não eram Reis, mas sim físicos, astrónomos ou astrólogos, que estudavam o firmamento com os instrumentos existentes na época. A dita Estrela de Belém, deverá ter sido o resultado da passagem do cometa Halley ou da conjunção dos planetas Júpiter e Saturno, ocorrida em 747 da era Romana.

Como se verifica, nem todas as histórias que nos contavam em criança eram totalmente verdadeiras. No entanto, as tradições vão-se mantendo ao longo dos tempos.

Uma das tradições desta noite é cantar as "Janeiras", ainda muito presente nas nossas aldeias. Grupos de pessoas ou de crianças vão cantando de casa em casa com instrumentos tradicionais como o acordeão, os ferrinhos, o tambor, a pandeireta e a viola, desejando Bom Ano a todos os presentes e recebendo em troca filhoses, chocolates, doces e outros produtos. Em "O Natal dos Simples", Zeca Afonso deixou-nos um belo testemunho poético e sonoro desta tradição popular.


(Clicar no triângulo branco para ver e ouvir)

01/01/2009

A CAMINHADA VAI SER DURA...


... mas havemos de chegar !



O PRIMEIRO DIA

A princípio é simples, anda-se sózinho
passa-se nas ruas bem devagarinho
está-se bem no silêncio e no borborinho
bebe-se as certezas num copo de vinho
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

(...)

Enfim, duma escolha faz-se um desafio
enfrenta-se a vida de fio a pavio
navega-se sem mar, sem vela ou navio
bebe-se a coragem até dum copo vazio
e vem-nos à memória uma frase batida
hoje é o primeiro dia do resto da tua vida

Sérgio Godinho