31/05/2009

VAMOS AO TEATRO, CÁ DENTRO...

No próximo dia 3 de Junho, a Oficina da Leitura promove na Biblioteca a apresentação da peça A Lenda das Amendoeiras em Flor com o actor Evaldo Barros. Trata-se de uma adaptação livre da lenda a partir da versão de Gentil Marques (in Lendas de Portugal Vol.III Editorial Universus Porto/1964). Na primeira parte do espectáculo será dada ênfase à arte milenar de contar histórias e na segunda o actor utilizará bonecos e adereços para ilustrar esta lenda tradicional portuguesa.
Voltaremos para dar conta do acontecimento...

29/05/2009

INTER-TURMAS DE FUTEBOL


Em tempos remotos éramos conhecidos pelo país dos "3 efes" (Fátima, Fado e Futebol). Como somos jovens... e não temos vocação eclesiástica ou marialva decidimo-nos pelo último.

O "TORNEIO INTER-TURMAS" serviu para pôr à prova os futuros Baías, Figos ou Ronaldos... e não só, porque as raparigas também se aplicaram.

Convidamos o Gabriel Alves para relatar alguns dos jogos, mas este escusou-se delicadamente, dizendo que estava a ultimar o seu livro "A Metafísica do Futebol - Máximas e Pensamentos". O BRISADAREOSA teve, no entanto, acesso a alguns excertos que, com a devida autorização, passamos a publicar:

"A selecção não jogou bem, nem mal, antes pelo contrário"

" Vítor Baía, o melhor guarda redes do Mundo e provavelmente da Europa"

"Este jogador é uma jovem esperança do futebol português que se não se vislumbrar nem embandeirar em arco se poderá concretizar numa certeza."

"Romário... um jogador baixo, possante, possuidor de um grande... Perdão! De um baixo centro de gravidade, pelo que roda muito bem sobre si, e tem grande estabilidade nas curvas..."

" Juskowiak... a vantagem de ter duas pernas!"


Como se constata, o futebol faz apelo não só aos dotes físicos mas também aos intelectuais !!!


Aqui fica o registo dos jogos:

28/05/2009

A GRIPE ...


Também nós estamos atentos. Diversos placards expostos em locais estratégicos da nossa escola, ensinam as "boas maneiras" da prevenção.

"Santinhos!"



FEIRA DO LIVRO NO PORTO


"A leitura como a comida, só alimenta se digerida"

(Provérbio)

"A Feira está de volta à Avenida dos Aliados, passados 34 anos. Foi durante a hora de almoço que os portuenses foram convidados a saborear as novidades da 79ª Feira do Livro. Não foram tripas à moda do Porto que deliciaram os primeiros visitantes, mas as estórias de Alice Vieira e Duetos improváveis em terras de Sta. Mª da Feira. A Hora do Conto trouxe a Biblioteca de Santa Maria da Feira e de Vila Pouca de Aguiar ao coração do Porto. O público infantil encheu a tenda do Espaço de Promoção do Livro e da Leitura.

Todos os dias, depois do almoço, a Feira oferece, como sobremesa, sessões de leitura e oficinas de ilustração, tecnologia e informação.

O público escolar é a grande aposta da 79ª edição. Os novos horários e as actividades promovidas na Mini Feira do Livro prometem conquistar os mais novos para o Livro e para a Leitura."

Nós não vamos faltar !

26/05/2009

DIA DO VIZINHO

Nesta era da globalização, em que a toda a hora podemos contactar com qualquer desconhecido em qualquer ponto do planeta, acho muito bem que nos lembremos de quem, embora também muitas vezes desconhecido, está aqui mesmo à mão de semear...

Por isso, senhores(as) administradores(as) de condomínio, hoje não peçam apenas um raminho de salsa. Aproveitem, também, para cobrar os pagamentos em atraso. Ninguém terá a coragem de vos dizer que não.

E quanto a nós, professores, não percamos, também, a coragem. Só não sabemos já de pedir o quê ... enquanto continuamos a semear!

21/05/2009

PORQUE O CINEMA TAMBÉM EDUCA...


JOÃO BÉNARD DA COSTA
(1935-2009)


Foi um dos fundadores da Revista O Tempo e o Modo (criada em 1963), cuja redacção chefiou e, posteriormente, dirigiu. Entre 1964 e 1966 trabalhou como investigador no Centro de Investigação Pedagógica da Fundação Calouste Gulbenkian e de 1966 a 1974 foi secretário executivo da Comissão Portuguesa da Associação Internacional para a Liberdade da Cultura.

Grande apaixonado da SÉTIMA ARTE, foi director da CINEMATECA PORTUGUESA desde 1991 e principal impulsionador da cinematografia de Manoel de Oliveira.

Foi o responsável por toda uma geração de cinéfilos ter visto mais cinema, apenas se lhe apontando o senão de, tal como o seu antecessor Luís de Pina, nunca ter acedido à criação da Cinemateca do Porto.

18/05/2009

CORRIDA DA MULHER


CORRER POR UMA CAUSA - O CANCRO DA MAMA


Mais vale salvar uma vida humana do que construir um pagode de sete andares.
(Provérbio Chinês)


Uma vez mais as mulheres disseram presente a esta iniciativa da Runporto.com de incentivo à prática da corrida, contribuindo simultâneamente com a sua presença para a angariação de fundos que serão integralmente entregues à Liga Portuguesa Contra o Cancro. A prova teve início na Rua 5 de Outubro e desenrolou-se por várias artérias da cidade do Porto, terminando na Avenida dos Aliados.

A nossa Escola fez-se representar por três professoras e uma ex-aluna, conforma podemos ver nas imagens.

Às quatro mosqueteiras, os nossos parabéns !


17/05/2009

A PROPÓSITO DE MIMETISMO...

"Há pouco, visitei uma escola do Porto, onde os alunos foram induzidos a produzir versos miméticos dos que constam do meu poema "O Limpa-Palavras": "A palavra brisa refresca-me, a palavra solidão faz-me companhia", etc. Pois bem, a uma dessas crianças, o Bruno, de seis anos, da Escola de S.Tomé, fugiu-lhe a inspiração para o futebol: "A PALAVRA AZUL FAZ-ME CAMPEÃO". Como disse Benjamim Péret: o homem nasce poeta, as crianças são a prova disso. Ora, acontece que as conversas que mantenho com os meus leitores mais jovens nas escolas passam frequentemente da literatura para o futebol, que sabem ser um tema da minha predilecção (e da deles então...).
(...)

Por que se é do F.C.Porto, do Benfica ou do Sporting? O factor mais poderoso é o da identificação com quem ganha, essa irreprimível afeição pelos vencedores crónicos. Os mais jovens adeptos do F.C.Porto nasceram em Lisboa? E então? Há algum mal em querer pertencer à tribo dos melhores? Pois bem, o Bruno com apenas seis anos já viu o seu clube ganhar uma data de títulos e pôde cantar outra vez na noite de domimgo: "Campeões! Campeões! Nós somos Campeões!" E nós, os mais velhos, que crescemos a ver o clube perder, mas ainda fomos a tempo de viver a era das grandes conquistas, também. A palavra azul fez-nos campeões."

ÁLVARO MAGALHÃES ( Escritor e jornalista)
Excerto do artigo de opinião publicado no JN em 17.05.09


O LIMPA-PALAVRAS

Limpo palavras.
Recolho-as à noite, por todo o lado:
a palavra bosque, a palavra casa, a palavra flor.
Trato delas durante o dia
enquanto sonho acordado.
A palavra solidão faz-me companhia.

Quase todas as palavras
precisam de ser limpas e acariciadas:
a palavra céu, a palavra nuvem, a palavra mar.
Algumas têm mesmo de ser lavadas,
é preciso raspar-lhes a sujidade dos dias
e do mau uso.
Muitas chegam doentes,
outras simplesmente gastas, estafadas,
dobradas pelo peso das coisas
que trazem às costas.

A palavra pedra pesa como uma pedra.
A palavra rosa espalha o perfume no ar.
A palavra árvore tem folhas, ramos altos.
Podes descansar à sombra dela.
A palavra gato espeta as unhas no tapete.
A palavra pássaro abre as asas para voar.
A palavra coração não pára de bater.
Ouve-se a palavra canção.
A palavra vento levanta os papéis no ar e
é preciso fechá-la na arrecadação.

No fim de tudo voltam os olhos para a luz
e vão para longe,
leves palavras voadoras
sem nada que as prenda à terra,
outra vez nascidas pela minha mão:
a palavra estrela, a palavra ilha, a palavra pão.

A palavra obrigado agradece-me.
As outras não.
A palavra adeus despede-se.
As outras já lá vão, belas palavras lisas
e lavadas como seixos do rio:
a palavra ciúme, a palavra raiva, a palavra frio.

Vão à procura de quem as queira dizer,
de mais palavras e de novos sentidos.
Basta estenderes a mão
para apanhares a palavra barco ou a palavra amor.

Limpo palavras.
A palavra búzio, a palavra lua, a palavra palavra.
Recolho-as à noite, trato delas durante o dia.
A palavra fogão cozinha o meu jantar.
A palavra brisa refresca-me.
A palavra solidão faz-me companhia.


Álvaro Magalhães


Nota do Administrador do Brisadareosa: Em nome da pluralidade clubística e com o intuito de não ferir susceptibilidades, asseguramos que será dado o mesmo tratamento "bloguístico" a qualquer uma das outras cores, quando as mesmas reunirem os pressupostos que justificaram a edição deste post, se ainda aqui estivermos...


3º ENCONTRO DE MULTIACTIVIDADES CAE - PORTO


Desta vez fomos até ao GERÊS. Rima e é verdade. Visitamos a fenda da Calcedónia, fizemos slide no Monte de Santa Isabel, actividades náuticas (kayak, windsurf e "banana") no Rio Cávado e pernoitamos no Parque de Campismo de Rio Caldo. Tudo com muito adrenalina e maior animação.
Se não acreditam, vejam as fotos...

Dia 9 - Sábado



Dia 10 - Domingo


14/05/2009

OPEN DE TÉNIS E ESCALADA

Em mais uma quarta-feira desportiva, os nossos alunos tiveram a oportunidade de contactar com o Ténis de Campo e a Escalada. Pela calada de uma tarde isenta de aulas, animaram-se e animaram a escola.

Só como curiosidade, aqui ficam os nomes dos vencedores:

TÉNIS: Derick Rocha (7ºD)

ESCALADA: Diogo Lima (9ºA) Via 1: 11'' 52. Via 2: 11'' 62

13/05/2009

VISITA A TORMES - AS FOTOS

A visita à Fundação Eça de Queirós correu lindamente! Portámo-nos todos muito bem... O almoço estava espectacular! Iremos organizar outra visita, desta vez de barco, pois a camioneta "perdeu água" e tivemos de aguardar pelo transbordo... Cantámos, dançámos, fizemos ginástica, enfim... O que é que a comunidade escolar da Areosa não faz? Preparem- se... Em Julho, rio Douro acima...

Oficina da Leitura



05/05/2009

VISITA A TORMES


«Um ar fino e puro entrava na alma, e na alma espalhava alegria e força. Um esparso tilintar de chocalhos de guizos morria pelas quebradas»

A Cidade e as Serras


A "OFICINA DA LEITURA" organiza uma visita a Tormes no próximo dia 9 de Maio, destinada a professores, alunos, funcionários e encarregados de educação.

O programa inclui o visionamento de um documentário sobre a vida e obra de Eça de Queiroz, visita guiada à Fundação e almoço com ementa queiroziana, a saber:
. Entradas típicas da região
. Sopa Juliana
. Bacalhau com pimentos e grão-de-bico
. Creme queimado
. Vinho de Tormes (evidentemente)

Para abrir o apetite a uma leitura mais aprofundada da obra deste nosso grande escritor, nascido na Póvoa de Varzim, a seguir reproduzimos um texto retirado de uma carta endereçada ao Director da Companhia das Águas e membro do Partido Legitimista da época, revelador do seu espírito irreverente e da sua prosa acutilante.


"Il.mo e Ex.mo Senhor Carlos Pinto Coelho, digno director da Companhia das Águas e digno membro do Partido Legitimista:

Dois factos igualmente graves e igualmente importantes, para mim, me levam a dirigir a V. Exª estas humildes regras: o primeiro é a tomada de Cuenca e as últimas vitórias das forças Carlistas sobre as tropas Republicanas em Espanha; o segundo é a falta de água na minha cozinha e no meu quarto de banho.
Abundaram os Carlistas e escassearam as águas, eis uma coincidência histórica que deve comover duplamente uma alma sobre a qual pesa, como na de V. Exª, a responsabilidade da canalização e a do direito divino.
Se eu tiver a fortuna de exacerbar até ás lágrimas a justa comoção de V. Exª, que eu interponha o meu contador, Ex.mo Senhor, que eu o interponha nas relações de sensibilidade de V. Exªcom o Mundo externo; e que essas lágrimas benditas de industrial e de político caiam na minha banheira!
E, pago este tributo aos nossos afectos, falemos um pouco, se V. Exª o permite, dos nossos contratos. Em virtude do meu escrito, devidamente firmado por V. Exªe por mim, temos nós um para com o outro um certo número de direitos e encargos. Eu obriguei-me para com V. Exªa pagar o desvio de uma encanação, o aluguer dum contador e o preço de água que consumisse.
V. Exª pela sua parte obrigou-se para comigo a fornecer a água do meu consumo. V. Exª fornecia, eu pagava. Faltamos evidentemente à fé deste contrato: eu se não pagar, V. Exªse não fornecer.
Se eu não pagar, faz isto: corta-me a encanação. Quando V. Exª não fornece o que hei-de eu fazer, Ex.mo Senhor? É evidente que para que o nosso contrato não seja inteiramente leonino, eu preciso, no análogo àquele em que V.Exª me cortaria a mim a canalização, de cortar alguma coisa a V. Exª.
Oh! E hei-de cortar-lha!...
Eu não peço indemnização pela perda que estou sofrendo, eu não peço contas, eu não peço explicações, eu chego a nem sequer pedir água.
Não quero pôr a Companhia em dificuldades, não quero causar-lhe desgostos, nem prejuízos...
Quero apenas esta pequena desafronta, bem simples e bem razoável, perante o direito e a justiça distribuída - quero cortar uma coisa a V. Exª!
Rogo-lhe, Ex.mo Senhor, a especial fineza de me dizer, imediatamente, peremptoriamente, sem evasivas nem tergiversações qual é a coisa que, no mais santo uso do seu pleno direito, eu posso cortar a V. Exª
Tenho a honra de ser
De V. Exª com muita consideração e com umas tesouras

Eça de Queiroz"

ESPECTÁCULO/CONVÍVIO DE BENEFICÊNCIA


Os docentes do Departamento de Ciências Humanas e Sociais vão realizar no próximo dia 8 de Maio, pelas 21H30, na nossa escola, um Espectáculo/Convívio de Beneficência, com a colaboração dos alunos do 9º ano. A entrada será "paga" com a oferta de um género alimentar de longa duração.

A seguir, damos conta do respectivo programa:


CONTAMOS CONVOSCO

ATÉ SEMPRE VASCO GRANJA !!!


Hoje a minha alma de criança ficou triste e de luto quando soube da morte de Vasco Granja, esse notável divulgador da banda desenhada e do desenho de animação. Na companhia deste admirável senhor, de voz calma e palavras sábias, aprendi a compreender muito daquilo que o mundo tem. Com os programas repletos de desenhos animados que ele apresentou na televisão nos anos oitenta, viajei através de várias culturas e países, descobri as respostas certas para aquelas perguntas que todas as crianças fazem e que os adultos nem sempre resolvem, como por exemplo, por que é que o mar é salgado?

Acima de tudo, aprendi o mais importante (aquilo que hoje procuro ensinar aos meus alunos): que o mundo fica mais bonito quando é desenhado com sentido de humor e sem o recurso à intolerância e à violência.

Obrigada, Vasco Granja!

Profª Maria Jorge Pereira

04/05/2009

A VEZ E A VOZ DOS OUTROS...


Após o "Dia da Mãe", achamos interessante deixar aqui o testemunho de um pediatra freudiano (Aldo Naouri) de origem libanesa e criado em França, relativamente à educação dos filhos (nossos futuros alunos).

Crítico das correntes que puseram a criança num pedestal, Naouri defende que entre pais e filhos tem de existir uma relação vertical e que a frustração é o primeiro passo para a educação.


"Um bebé é um ser que não tem consciência da existência do outro, exige que a mãe seja só dele, exige a satisfação imediata das suas necessidades. Se nada for feito para o educar, se os pais não o entenderem e lhe derem tudo o que ele quer, vai crescer permanecendo um bebé, tornando-se uma criança tirana, um adolescente insuportável e um adulto muito agitado. (...) Se as crianças nunca experimentarem a frustração serão adultos centrados em si próprios, será o cada um por si, será a guerra."

"Notícias Magazine" de 3 de Maio
.

03/05/2009

DIA DA MÃE

The Artist's Mother; James McNeill Whistler, 1871


DÁ-ME A TUA MÃO

Em tuas entranhas me revolvi
prenhe de futuro ansiado
até ao dia da luz de aurora
em que de ti me despedi
para contigo continuar.

Do teu peito bebi o leite
de teus choros derramados
em mil noites vigilante.
Dos teus lábios sussurrando
ouvi a música dos anjos
ao compasso das horas madrigais.
Dos teus olhos eu guardei
as pérolas de esperança
que trago no alforge das lembranças.

De mil andanças
tantas e tão poucas
sensatas e tão loucas.
Até ao dia do regresso
na frente e no verso
desta viagem em que te peço:
Fica comigo, estrela da manhã
ilumina a minha tela
que eu te pinto e me despeço
até ao dia em que só os dois
seremos a constelação.
Dá-me Mãe, dá-me a tua mão!

BRISADAREOSA


01/05/2009

DIA DO TRABALHADOR - 1º DE MAIO

A origem do 1º. de Maio como Dia do Trabalhador, encontra-se nos Estados Unidos da América do Norte, no ano de 1886.

No início do século XIX, o dia de trabalho era de 14 horas. Nesse dia, 1 de Maio de 1886, culminou uma série de greves, manifestações e lutas que o operariado norte-americano vinha desenvolvendo com o objectivo de conquistar o dia de 8 horas de trabalho.

Em Chicago, na costa oriental dos Estados Unidos, deram-se nesse dia acontecimentos de tal modo importantes e trágicos que essa data e esses acontecimentos são hoje normalmente referenciados como a origem histórica do 1º. de Maio.

Foi a partir de um congresso realizado em Paris em 1889 que o 1º. de Maio foi adoptado como manifestação internacional.


A lenda das maias (giestas)


Neste dia 1º de Maio, é tradição nas nossas terras do interior, e não só, colocar giestas nas portas das casas. Este costume tem origem na seguinte lenda:

Herodes soube que a Sagrada Família, na sua fuga para o Egipto, pernoitaria numa certa aldeia. Para garantir que conseguiria eliminar o Menino Jesus, Herodes dispunha-se a mandar matar todas as crianças. Perante a possibilidade de um tão significativo morticínio, foi informado, por um outro "Judas", que tal poderia ser evitado, bastando para isso, que ele próprio colocasse um ramo de giesta florida na casa onde se encontrava a Sagrada Família, constituindo um sinal para que os soldados a procurassem e consumassem o crime... A proposta do "Judas" foi aceite e Herodes tratou de mandar os seus soldados à procura da tal casa. Qual não foi o espanto dos soldados quando, na manhã seguinte, encontraram todas as casas da aldeia com ramos de giesta florida à porta, gorando-se, assim, a possibilidade do Menino Jesus, ser morto.


Canção com lágrimas

Eu canto para ti um mês de giestas
Um mês de morte e crescimento ó meu amigo
Como um cristal partindo-se plangente
No fundo da memória perturbada

Eu canto para ti um mês onde começa a mágoa
E um coração poisado sobre a tua ausência
Eu canto um mês com lágrimas e sol o grave mês
Em que os mortos amados batem à porta do poema

Porque tu me disseste quem me dera em Lisboa
Quem me dera em Maio depois morreste
Com Lisboa tão longe ó meu irmão tão breve
Que nunca mais acenderás no meu o teu cigarro

Eu canto para ti Lisboa à tua espera
Teu nome escrito com ternura sobre as águas
E o teu retrato em cada rua onde não passas
Trazendo no sorriso a flor do mês de Maio

Porque tu me disseste quem me dera em Maio
Porque te vi morrer eu canto para ti
Lisboa e o sol Lisboa com lágrimas
Lisboa à tua espera ó meu irmão tão breve
Eu canto para ti Lisboa à tua espera...

Adriano Correia de Oliveira