A educação é aquilo que permanece depois de esquecermos tudo o que nos foi ensinado...
27/02/2010
25/02/2010
BASQUETEBOL
BIBLIOTECA ABERTA À NOITE
Conforme anunciámos, realizou-se no passado dia 19 de Fevereiro, uma sessão de apresentação da “Biblioteca aberta à noite” - programa de sensibilização das comunidades educativas para uma Biblioteca… mais perto de si.
Esta actividade foi dinamizada pela Biblioteca Escolar / Centro de Recursos Educativos, pela Rede de Bibliotecas Escolares do Porto e pelo Plano Nacional de Leitura, com o apoio do Grupo Cénico do Sporting Clube da Cruz (Revista à Portuguesa) e dos alunos do 5.º D (Ensino articulado - Música).
Aqui ficam algumas fotos do evento:
Esta actividade foi dinamizada pela Biblioteca Escolar / Centro de Recursos Educativos, pela Rede de Bibliotecas Escolares do Porto e pelo Plano Nacional de Leitura, com o apoio do Grupo Cénico do Sporting Clube da Cruz (Revista à Portuguesa) e dos alunos do 5.º D (Ensino articulado - Música).
Aqui ficam algumas fotos do evento:
18/02/2010
A HISTÓRIA DEVIDA DE UMA VIDA
Quando eu era pequena havia um mistério chamado Infância. Nunca tínhamos
ouvido falar de coisas aberrantes como educação sexual, política e
pedofilia. Vivíamos num mundo mágico de princesas imaginárias, príncipes
encantados e animais que falavam. A pior pessoa que conhecíamos era a Bruxa
da Branca de Neve. Fazíamos hospitais para as formigas onde as camas eram
folhinhas de oliveira e não comíamos à mesa com os adultos. Isto poupava-nos
a conversas enfadonhas e incompreensíveis, a milhas do nosso mundo tão
outro, e deixava-nos livres para projectos essenciais, como ir ver oscilar
os agriões nos regatos e fazer colares e brincos de cerejas. Baptizávamos as
árvores, passeávamos de burro, fabricávamos grinaldas de flores do campo.
Fazíamos quadras ao desafio, inventávamos palavras e entoávamos melodias
nunca aprendidas.
Na Infância as escolas ainda não tinham fechado. Ensinavam-nos coisas
inúteis como as regras da sintaxe e da ortografia, coisas traumáticas como
sujeitos, predicados e complementos directos, coisas imbecis como verbos e
tabuadas. Tinham a infeliz ideia de nos ensinar a pensar e a surpreendente
mania de acreditar que isso era bom.
Não batíamos na professora, levávamos-lhe flores.
E depois ainda havia infância para perceber o aroma do suco das maçãs
trincadas com dentes novos, um rasto de hortelã nos aventais, a angustia de
esperar o nascer do sol sem ter a certeza de que viria (não fosse a ousadia
dos pássaros só visíveis na luz indecisa da
aurora), a beleza das cantigas límpidas das camponesas, o fulgor das
papoilas. E havia a praia, o mar, as bolas de Berlim. (As bolas de Berlim
são uma espécie de ex-libris da Infância e nunca mais na vida houve fosse o
que fosse que nos soubesse tão bem).
Aos quatro anos aprendi a ler; aos seis fazia versos, aos nove ensinaram-me
inglês e pude alargar o âmbito das minhas leituras infantis. Aos treze fui,
interna, para o Colégio. Ali havia muitas raparigas que cheiravam a pão,
escreviam cartas às escondidas, e sonhavam com os filmes que viam nas
férias. Tínhamos a certeza de que o Tyrone Power havia de vir buscar-nos,
com os seus olhos morenos, depois de nos ter visto fazer uma entrada
espampanante no salão de baile onde o Fred Astaire já nos teria escolhido
para seu par ideal.
Chamava-se a isto Adolescência, as formas cresciam-nos como as necessidades
do espírito, música, leitura, poesia, para mim sobretudo literatura,
história universal, história de arte, descobrimentos e o Camões a contar
aquilo tudo, e as professoras a dizerem, aplica-te,
menina, que vais ser escritora.
Eram aulas gloriosas, em que a espuma do mar entrava pela janela, a música
da poesia medieval ressoava nas paredes cheias de sol, ay eu coitada, como
vivo em gran cuidado, e ay flores, se sabedes novas, vai-las lavar alva, e o
rio corria entre as carteiras e nele
molhávamos os pés e as almas.
Além de tudo isto, que sorte, ainda havia tremas e acentos graves.
Mas também tínhamos a célebre aula de Economia Doméstica de onde saíamos com
a sensação de que a mulher era uma merdinha frágil, sem vontade própria,
sempre a obedecer ao marido, fraca de espírito que não de corpo, pois, tendo
passado o dia inteiro a esfregar o chão com palha de aço, a espalhar cera, a
puxar-lhe o lustro, mal ouvia a chave na porta havia de apresentar-se ao
macho milagrosamente fresca, vestida de Doris Day, a mesa posta, o
jantarinho rescendente, e nem uma unha partida, nem um cabelo desalinhado,
lá-lá-lá, chegaste, meu amor, que felicidade! (A professora era uma
solteirona, mais sonhadora do que nós, que sabia todas as receitas do mundo
para tirar todas as nódoas do mundo e os melhores truques para arear os
tachos de cobre que ninguém tinha na vida real).
Mas o que sabíamos nós da vida real? Aos 17 anos entrei para a Faculdade sem
fazer a mínima ideia do que isso fosse. Aos 19 casei-me, ainda completamente
em branco (e não me refiro só à cor do vestido).
Só seis anos, três filhos e centenas de livros mais tarde é que resolvi
arrumar os meus valores como quem arruma um guarda-vestidos.
Isto não, isto não se usa, isto não gosto, isto sim, isto seguramente, isto
talvez. Os preconceitos foram os primeiros a desandar, assim como todos os
itens que à pergunta porquê só me tinham respondido porque sim, ou, pior,
porque sempre foi assim. E eu, tumba, lixo, se sempre foi assim é altura de
deixar de ser e começar a abrir caminho às gerações futuras (ainda não sabia
que entre os meus 12 netos se contariam nove mulheres). Ouvi ontem uma jovem
a dizer, a revolução que nós fizemos nos últimos anos. Não meu amor: a
revolução que NÓS fizemos nos últimos 50 anos. Mas não interessa quem fez o
quê. É preciso é que tenha sido feito. E que seja feito. E eu fiz tudo,
quando ainda não era suposto. Quando descobri que ser livre era acreditar em
mim própria, nos meus poucos, mas bons, valores pessoais.
Depois foram as circunstâncias da vida. A alegria de mais um filho, erros,
acertos, disparates, generosidades, ingenuidades, tudo muito bom para
aprender alguma coisa. Tudo muito bom. Aprender é a palavra chave e dou por
mal empregue o dia em que não aprendo nada. Ainda espero ter tempo de
aprender muita coisa, agora que decidi que a Bíblia é uma metáfora da vida
humana e posso glosar essa descoberta até, praticamente, ao infinito.
Pois é. Eu achava, pobre de mim, que era poetisa. Ainda não sabia que estava
só a tirar apontamentos para o que havia de fazer mais tarde. A ganhar
intimidade, cumplicidade com as palavras. Também escrevia crónicas e contos
e recados à mulher-a-dias. E de repente, aos 63 anos, renasci. Cresceu-me
uma alma de romancista e vá de escrever dez romances em 12 anos, mais um
livro de contos (Os Linhos da Avó) e sete ou oito livros infantis. (Esta não
é a minha área, mas não sei porquê, pedem-me livros infantis. Ainda não
escrevi nenhum que me procurasse como acontece com os romances para adultos,
que vêm de noite ou quando vou no comboio e se me insinuam nos interstícios
do cérebro, e me atiram para outra dimensão e me fazem sorrir por dentro o
tempo todo e me tornam mais disponível, mais alegre, mais nova).
Isto da idade também tem a sua graça. Por fora, realmente, nota-se muito.
Mas eu pouco olho para o espelho e esqueço-me dessa história da imagem.
Quando estou em processo criativo sinto-me bonita. É como se tivesse
luzinhas na cabeça. Há 45 anos, com aquela soberba muito feminina, costumava
dizer que o meu espelho eram os olhos dos homens.
Agora são os olhos dos meus leitores, sem distinção de sexo, raça, idade ou
religião. É um progresso enorme.
Se isto fosse uma autobiografia teria que dizer que, perto dos 30, comecei a
dizer poesia na televisão e pelos 40 e tais pus-me a fazer umas maluqueiras
em novelas, séries, etc. Também escrevi algumas destas coisas e daqui
senti-me tentada a escrever para o palco, que é uma das coisas mais
consoladoras que existem (outra pessoa diria gratificantes, mas eu, não sei
porquê, embirro com essa palavra). Não há nada mais bonito do que ver as
nossas palavras ganharem vida, e sangue, e alma, pela voz e pelo corpo e
pela inteligência dos actores. Adoro actores. Mas não me atrevo a fazer
teatro porque não aprendi.
Que mais? Ah, as cantigas. Já escrevi mais de mil e 500 e é uma das coisas
mais divertidas que me aconteceu. Ouvir a música e perceber o que é que lá
vem escrito, porque a melodia, como o vento, tem uma alma e é preciso
descobrir o que ela esconde. Depois é uma lotaria. Ou me cantam
maravilhosamente bem ou tristemente mal. Mas há que arriscar e, no fundo, é
só uma cantiga. Irrelevante.
Se isto fosse uma autobiografia teria muitas outras coisas para contar. Mas
não conto. Primeiro, porque não quero. Segundo, porque só me dão este espaço
que, para 75 anos de vida, convenhamos, não é excessivo.
Encontramo-nos no meu próximo romance.
ouvido falar de coisas aberrantes como educação sexual, política e
pedofilia. Vivíamos num mundo mágico de princesas imaginárias, príncipes
encantados e animais que falavam. A pior pessoa que conhecíamos era a Bruxa
da Branca de Neve. Fazíamos hospitais para as formigas onde as camas eram
folhinhas de oliveira e não comíamos à mesa com os adultos. Isto poupava-nos
a conversas enfadonhas e incompreensíveis, a milhas do nosso mundo tão
outro, e deixava-nos livres para projectos essenciais, como ir ver oscilar
os agriões nos regatos e fazer colares e brincos de cerejas. Baptizávamos as
árvores, passeávamos de burro, fabricávamos grinaldas de flores do campo.
Fazíamos quadras ao desafio, inventávamos palavras e entoávamos melodias
nunca aprendidas.
Na Infância as escolas ainda não tinham fechado. Ensinavam-nos coisas
inúteis como as regras da sintaxe e da ortografia, coisas traumáticas como
sujeitos, predicados e complementos directos, coisas imbecis como verbos e
tabuadas. Tinham a infeliz ideia de nos ensinar a pensar e a surpreendente
mania de acreditar que isso era bom.
Não batíamos na professora, levávamos-lhe flores.
E depois ainda havia infância para perceber o aroma do suco das maçãs
trincadas com dentes novos, um rasto de hortelã nos aventais, a angustia de
esperar o nascer do sol sem ter a certeza de que viria (não fosse a ousadia
dos pássaros só visíveis na luz indecisa da
aurora), a beleza das cantigas límpidas das camponesas, o fulgor das
papoilas. E havia a praia, o mar, as bolas de Berlim. (As bolas de Berlim
são uma espécie de ex-libris da Infância e nunca mais na vida houve fosse o
que fosse que nos soubesse tão bem).
Aos quatro anos aprendi a ler; aos seis fazia versos, aos nove ensinaram-me
inglês e pude alargar o âmbito das minhas leituras infantis. Aos treze fui,
interna, para o Colégio. Ali havia muitas raparigas que cheiravam a pão,
escreviam cartas às escondidas, e sonhavam com os filmes que viam nas
férias. Tínhamos a certeza de que o Tyrone Power havia de vir buscar-nos,
com os seus olhos morenos, depois de nos ter visto fazer uma entrada
espampanante no salão de baile onde o Fred Astaire já nos teria escolhido
para seu par ideal.
Chamava-se a isto Adolescência, as formas cresciam-nos como as necessidades
do espírito, música, leitura, poesia, para mim sobretudo literatura,
história universal, história de arte, descobrimentos e o Camões a contar
aquilo tudo, e as professoras a dizerem, aplica-te,
menina, que vais ser escritora.
Eram aulas gloriosas, em que a espuma do mar entrava pela janela, a música
da poesia medieval ressoava nas paredes cheias de sol, ay eu coitada, como
vivo em gran cuidado, e ay flores, se sabedes novas, vai-las lavar alva, e o
rio corria entre as carteiras e nele
molhávamos os pés e as almas.
Além de tudo isto, que sorte, ainda havia tremas e acentos graves.
Mas também tínhamos a célebre aula de Economia Doméstica de onde saíamos com
a sensação de que a mulher era uma merdinha frágil, sem vontade própria,
sempre a obedecer ao marido, fraca de espírito que não de corpo, pois, tendo
passado o dia inteiro a esfregar o chão com palha de aço, a espalhar cera, a
puxar-lhe o lustro, mal ouvia a chave na porta havia de apresentar-se ao
macho milagrosamente fresca, vestida de Doris Day, a mesa posta, o
jantarinho rescendente, e nem uma unha partida, nem um cabelo desalinhado,
lá-lá-lá, chegaste, meu amor, que felicidade! (A professora era uma
solteirona, mais sonhadora do que nós, que sabia todas as receitas do mundo
para tirar todas as nódoas do mundo e os melhores truques para arear os
tachos de cobre que ninguém tinha na vida real).
Mas o que sabíamos nós da vida real? Aos 17 anos entrei para a Faculdade sem
fazer a mínima ideia do que isso fosse. Aos 19 casei-me, ainda completamente
em branco (e não me refiro só à cor do vestido).
Só seis anos, três filhos e centenas de livros mais tarde é que resolvi
arrumar os meus valores como quem arruma um guarda-vestidos.
Isto não, isto não se usa, isto não gosto, isto sim, isto seguramente, isto
talvez. Os preconceitos foram os primeiros a desandar, assim como todos os
itens que à pergunta porquê só me tinham respondido porque sim, ou, pior,
porque sempre foi assim. E eu, tumba, lixo, se sempre foi assim é altura de
deixar de ser e começar a abrir caminho às gerações futuras (ainda não sabia
que entre os meus 12 netos se contariam nove mulheres). Ouvi ontem uma jovem
a dizer, a revolução que nós fizemos nos últimos anos. Não meu amor: a
revolução que NÓS fizemos nos últimos 50 anos. Mas não interessa quem fez o
quê. É preciso é que tenha sido feito. E que seja feito. E eu fiz tudo,
quando ainda não era suposto. Quando descobri que ser livre era acreditar em
mim própria, nos meus poucos, mas bons, valores pessoais.
Depois foram as circunstâncias da vida. A alegria de mais um filho, erros,
acertos, disparates, generosidades, ingenuidades, tudo muito bom para
aprender alguma coisa. Tudo muito bom. Aprender é a palavra chave e dou por
mal empregue o dia em que não aprendo nada. Ainda espero ter tempo de
aprender muita coisa, agora que decidi que a Bíblia é uma metáfora da vida
humana e posso glosar essa descoberta até, praticamente, ao infinito.
Pois é. Eu achava, pobre de mim, que era poetisa. Ainda não sabia que estava
só a tirar apontamentos para o que havia de fazer mais tarde. A ganhar
intimidade, cumplicidade com as palavras. Também escrevia crónicas e contos
e recados à mulher-a-dias. E de repente, aos 63 anos, renasci. Cresceu-me
uma alma de romancista e vá de escrever dez romances em 12 anos, mais um
livro de contos (Os Linhos da Avó) e sete ou oito livros infantis. (Esta não
é a minha área, mas não sei porquê, pedem-me livros infantis. Ainda não
escrevi nenhum que me procurasse como acontece com os romances para adultos,
que vêm de noite ou quando vou no comboio e se me insinuam nos interstícios
do cérebro, e me atiram para outra dimensão e me fazem sorrir por dentro o
tempo todo e me tornam mais disponível, mais alegre, mais nova).
Isto da idade também tem a sua graça. Por fora, realmente, nota-se muito.
Mas eu pouco olho para o espelho e esqueço-me dessa história da imagem.
Quando estou em processo criativo sinto-me bonita. É como se tivesse
luzinhas na cabeça. Há 45 anos, com aquela soberba muito feminina, costumava
dizer que o meu espelho eram os olhos dos homens.
Agora são os olhos dos meus leitores, sem distinção de sexo, raça, idade ou
religião. É um progresso enorme.
Se isto fosse uma autobiografia teria que dizer que, perto dos 30, comecei a
dizer poesia na televisão e pelos 40 e tais pus-me a fazer umas maluqueiras
em novelas, séries, etc. Também escrevi algumas destas coisas e daqui
senti-me tentada a escrever para o palco, que é uma das coisas mais
consoladoras que existem (outra pessoa diria gratificantes, mas eu, não sei
porquê, embirro com essa palavra). Não há nada mais bonito do que ver as
nossas palavras ganharem vida, e sangue, e alma, pela voz e pelo corpo e
pela inteligência dos actores. Adoro actores. Mas não me atrevo a fazer
teatro porque não aprendi.
Que mais? Ah, as cantigas. Já escrevi mais de mil e 500 e é uma das coisas
mais divertidas que me aconteceu. Ouvir a música e perceber o que é que lá
vem escrito, porque a melodia, como o vento, tem uma alma e é preciso
descobrir o que ela esconde. Depois é uma lotaria. Ou me cantam
maravilhosamente bem ou tristemente mal. Mas há que arriscar e, no fundo, é
só uma cantiga. Irrelevante.
Se isto fosse uma autobiografia teria muitas outras coisas para contar. Mas
não conto. Primeiro, porque não quero. Segundo, porque só me dão este espaço
que, para 75 anos de vida, convenhamos, não é excessivo.
Encontramo-nos no meu próximo romance.
15/02/2010
A PROPÓSITO DE "ÍDOLOS"
Muitos dos nossos alunos estão na idade em que escolhem os seus "Ídolos" e os adoptam como referências que procuram seguir e imitar.
Mas, se muitos dos "Ídolos" têm, por vezes, pés de barro, os seus criadores têm, quase sempre, pés de chumbo. Que esmagam e que alienam. Em prol das audiências e sem cedências... ao mau gosto.
A nós, professores, compete-nos ajudar os nossos jovens nessas escolhas, de modo que a sua vida futura não assente em falsos valores e em futilidades. Mas convenhamos que a concorrência é muito desleal...
Mas, se muitos dos "Ídolos" têm, por vezes, pés de barro, os seus criadores têm, quase sempre, pés de chumbo. Que esmagam e que alienam. Em prol das audiências e sem cedências... ao mau gosto.
A nós, professores, compete-nos ajudar os nossos jovens nessas escolhas, de modo que a sua vida futura não assente em falsos valores e em futilidades. Mas convenhamos que a concorrência é muito desleal...
14/02/2010
PORTO VIVO - PASSADO E PRESENTE (10)
RESPOSTA : Praça da Batalha
Acertaram:
Berenice Vila e Cristina Gomes 5º A
Professora Helena Barreira
Há três acontecimentos que podem estar na origem do topónimo: um combate travado neste local entre os habitantes de Portucale e as tropas sarracenas de Almansor que teria terminado com a vitória das gentes de Almansor; uma carga de um Esquadrão da Guarda Nacional Republicana sobre o último reduto monárquico que aqui se mantinha em 13 de Fevereiro de 1919 sob o comando de Paiva Couceiro; a resistência de algumas tropas republicanas sob o comando de Jaime Cortesão e Raul Proença que só se renderam ao fim de três dias às tropas fiéis ao Governo que as bombardeavam desde a Serra do Pilar.
Como se vê, talvez o nome mais adequado fosse o de "Praça das Batalhas" ...
Como se vê, talvez o nome mais adequado fosse o de "Praça das Batalhas" ...
11/02/2010
LIBERTADO HÁ 20 ANOS
O que mais surpreendeu Nelson Mandela, no dia da sua libertação, foi ver tantos brancos, juntos nas ruas com os negros, a festejar a sua saída. Disse-o no dia seguinte, na residência do arcebispo Desmond Tutu no primeiro amanhecer em liberdade depois de 27 anos na prisão.
Estava "absolutamente surpreendido" por perceber que tantos sul-africanos se identificavam com o que estava a acontecer na África do Sul, um novo país que nascia e onde, dizia Mandela, havia lugar para todos. Confessou não ter palavras para transmitir o que sentira no momento em que passou os portões da prisão de Victor-Verster, há precisamente 20 anos. "Sou incapaz de descrever os meus próprios sentimentos. Foi de cortar a respiração. É tudo o que posso dizer."
Jornal "Público" 11/02/2010
09/02/2010
BIBLIOTECA ABERTA À NOITE
No próximo dia 19 de Fevereiro, sexta-feira, pelas 21h30m, a Biblioteca Escolar irá realizar com o apoio da Rede de Bibliotecas Escolares do Porto (RBEP) uma sessão de apresentação da “Biblioteca aberta à noite”- programa de sensibilização das comunidades educativas para uma Biblioteca …mais perto de si.
Posteriormente, pelas 22h30, haverá um espectáculo de Teatro de revista “Isto é que é um fado”, protagonizado pelo Grupo Cénico do Sporting Clube da Cruz, proporcionando a todos alguns momentos de diversão.
Como é habitual, será oferecido um delicioso café, pelas 21h, acompanhado de belas melodias, tocadas por alguns alunos do ensino articulado com a música.
Posteriormente, pelas 22h30, haverá um espectáculo de Teatro de revista “Isto é que é um fado”, protagonizado pelo Grupo Cénico do Sporting Clube da Cruz, proporcionando a todos alguns momentos de diversão.
Como é habitual, será oferecido um delicioso café, pelas 21h, acompanhado de belas melodias, tocadas por alguns alunos do ensino articulado com a música.
08/02/2010
CONCURSO "FAÇA LÁ UM POEMA"
Por ocasião da comemoração do Dia Mundial da Poesia 2010, que se realiza no CCB no dia 21 de Março, o Plano Nacional de Leitura e o Centro Cultural de Belém lançaram um desafio às escolas, convidando-as a participarem num Concurso de Poesia, procurando incentivar o gosto pela leitura e pela escrita de poesia. A entrega de prémios terá lugar no CCB a 21 de Março de 2010 e será integrada no programa do Dia Mundial da Poesia.
A seguir apresentamos os poemas dos alunos da nossa escola :
A seguir apresentamos os poemas dos alunos da nossa escola :
“Foi um sonho que eu tive”
Foi um sonho que eu tive
Numa noite de lua cheia
Não dormi, sonhei apenas
Imaginei e encontrei-a
A estrela que procurava
No céu todo espelhado,
Era brilhante e importante,
Pois estava a meu lado…
E era a mais singela e dourada
A mais pequena e estimada
A mais perfeita e delicada
Estrela com quem sonhava…
Maria Beatriz de Sousa Marques da Silva - 9º Ano
“Palavras Soltas”
Há palavras soltas…
Perdidas
E sem sentido
Completamente desorientadas,
sem rumo.
Há palavras soltas…
Que vou tentar encontrar
ordenar.
E ver como vai acabar.
Há palavras soltas…
Que num poema vou transformar
Com rima ou
Sem rima
Eu vou organizar.
Há palavras soltas
Que num poema transformei.
Há palavras soltas…
Que nos trazem
Sentimentos
Pensamentos
Liberdade
Amor
Paixão
E às vezes
Uma grande desilusão.
Clara Filipa da Silva Pereira - 9º Ano
“Declaração de Amor à Andorinha”
Menina Andorinha
Seus olhos, sua beleza
Amo tudo em si
Adoro sua gentileza
Andorinha, Andorinha
Um dia desejo eu
Seres minha Julieta
Eu teu Romeu
Menina Andorinha
Seus olhos, sua beleza
Amo tudo em si
Adoro sua gentileza
Andorinha, Andorinha
Um dia desejo eu
Seres minha Julieta
Eu teu Romeu
Mariana Faria Marmelo - 8º Ano
“A Primavera”
Na Primavera, o sono
que o frio do Inverno
fez dissipa-se.
As flores florescem,
muito belas,
em campos
que parecem
arco-íris.
Os animais acordam,
o sol aparece,
o tempo fica quente
e eu fico contente.
Alexandre Jorge Pinto - 6ºAno
“No Mundo da Imaginação”
Era uma vez
Numa terra distante
Do um, dois e três
Para lá é um instante.
Só há fadas
Duendes e sonhos
São as lendas contadas
São os monstros estranhos.
Para ir para lá
É sempre a seguir
Na imaginação
Vais sempre lá cair.
Não está no mapa
Nem é em Portugal
Nada tapa
Nada faz mal.
Fica no outro mundo
No outro lado
Bem lá no fundo
Fora do urso pardo.
Nessa terra
Já toda a gente sabe
Não há guerra
Nem ninguém atrás da grade.
Pode-se brincar
Às coisas variadas
Pode-se jogar
Terras e ruas enfeitadas.
Cristina Vila Gomes - 5ºAno
“O Outono”
A andorinha partiu.
O Sol mais cedo se deitou.
A chuva miudinha caiu.
Então o Outono chegou.
A videira triste está a chorar,
Ela sem uvas ficou.
Cheira a vinho novo no lagar,
Então o Outono chegou.
As temperaturas desceram.
O vento assobiou.
As aulas já começaram,
Então o Outono chegou.
Os lagartos hibernaram.
A árvore despida ficou.
As folhas soltas dançaram,
Então o Outono chegou.
André Marcos Junqueira - 5ºAno
“Numa tarde de Verão”
Numa tarde de Verão
Fomos passear
Até que um gelado comemos
Para nos refrescar.
O calor era tanto, tanto, tanto…
Que o biquíni fomos pôr
E correndo pela areia
Olhamos, olhamos!
E pudemos observar
As ondas a bailar
E meninos dando
Belos mergulhos no mar.
Jessica Abigail Cabreira Monteiro -4ºAno
06/02/2010
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