Não podíamos deixar de assinalar os 35 anos do 25 de Abril, num tempo em que o salutar debate de ideias deu lugar à praxis economicista. Os valores originais do Movimento das Forças Armadas, personificados, como em nenhum outro, no Capitão Salgueiro Maia, mantêm-se hoje mais actuais do que nunca, pois constituirão sempre um património de humanidade.
Para que a data não represente para os nossos jovens apenas mais um feriado, aqui deixamos o nosso modesto contributo, esperando que não caiam o Carmo e a Trindade…
A BRISA QUE ABRIL ABRIU
À janela da incerteza,
acorrentados,
conspirando em segredo,
deportados,
exilados dentro de nós
com um desejo.
À esquina da revolta
como se esse fosse o tempo
do nosso primeiro beijo
ou do bater de asas
de um cavalo à solta.
E à ombreira da esperança
destemidos,
acordados,
todos juntos, de mãos dadas,
aquilo que se ouviu
foram canções arejadas
pela brisa que Abril abriu.
À janela da incerteza,
acorrentados,
conspirando em segredo,
deportados,
exilados dentro de nós
com um desejo.
À esquina da revolta
como se esse fosse o tempo
do nosso primeiro beijo
ou do bater de asas
de um cavalo à solta.
E à ombreira da esperança
destemidos,
acordados,
todos juntos, de mãos dadas,
aquilo que se ouviu
foram canções arejadas
pela brisa que Abril abriu.
GRÂNDOLA, VILA MORENA
2 comentários:
Concordo plenamente!
Últimamente os ideais de Abril são muitas vezes esquecidos.
Será que passou o tempo da generosidade e estamos de novo a mergulhar nas trevas do egoísmo?
Acho que começo a ter medo!...
Parece que estamos todos de acordo quanto aos ideais de Abril :-)
Os Murais estão lindos, o poema magnífico!
O que se pode dizer mais? É uma escola portuguesa de certeza! :-)
Parabéns!
Enviar um comentário