01/05/2009

DIA DO TRABALHADOR - 1º DE MAIO

A origem do 1º. de Maio como Dia do Trabalhador, encontra-se nos Estados Unidos da América do Norte, no ano de 1886.

No início do século XIX, o dia de trabalho era de 14 horas. Nesse dia, 1 de Maio de 1886, culminou uma série de greves, manifestações e lutas que o operariado norte-americano vinha desenvolvendo com o objectivo de conquistar o dia de 8 horas de trabalho.

Em Chicago, na costa oriental dos Estados Unidos, deram-se nesse dia acontecimentos de tal modo importantes e trágicos que essa data e esses acontecimentos são hoje normalmente referenciados como a origem histórica do 1º. de Maio.

Foi a partir de um congresso realizado em Paris em 1889 que o 1º. de Maio foi adoptado como manifestação internacional.


A lenda das maias (giestas)


Neste dia 1º de Maio, é tradição nas nossas terras do interior, e não só, colocar giestas nas portas das casas. Este costume tem origem na seguinte lenda:

Herodes soube que a Sagrada Família, na sua fuga para o Egipto, pernoitaria numa certa aldeia. Para garantir que conseguiria eliminar o Menino Jesus, Herodes dispunha-se a mandar matar todas as crianças. Perante a possibilidade de um tão significativo morticínio, foi informado, por um outro "Judas", que tal poderia ser evitado, bastando para isso, que ele próprio colocasse um ramo de giesta florida na casa onde se encontrava a Sagrada Família, constituindo um sinal para que os soldados a procurassem e consumassem o crime... A proposta do "Judas" foi aceite e Herodes tratou de mandar os seus soldados à procura da tal casa. Qual não foi o espanto dos soldados quando, na manhã seguinte, encontraram todas as casas da aldeia com ramos de giesta florida à porta, gorando-se, assim, a possibilidade do Menino Jesus, ser morto.


Canção com lágrimas

Eu canto para ti um mês de giestas
Um mês de morte e crescimento ó meu amigo
Como um cristal partindo-se plangente
No fundo da memória perturbada

Eu canto para ti um mês onde começa a mágoa
E um coração poisado sobre a tua ausência
Eu canto um mês com lágrimas e sol o grave mês
Em que os mortos amados batem à porta do poema

Porque tu me disseste quem me dera em Lisboa
Quem me dera em Maio depois morreste
Com Lisboa tão longe ó meu irmão tão breve
Que nunca mais acenderás no meu o teu cigarro

Eu canto para ti Lisboa à tua espera
Teu nome escrito com ternura sobre as águas
E o teu retrato em cada rua onde não passas
Trazendo no sorriso a flor do mês de Maio

Porque tu me disseste quem me dera em Maio
Porque te vi morrer eu canto para ti
Lisboa e o sol Lisboa com lágrimas
Lisboa à tua espera ó meu irmão tão breve
Eu canto para ti Lisboa à tua espera...

Adriano Correia de Oliveira

1 comentário:

Anónimo disse...

Muitos parabéns pela frescura desta brisa. Aprecio sobretudo a visão plural que nos dá das efemérides.